O projeto tem por objetivo perpetuar as referências históricas e culturais de quatro municípios pertencentes à Microrregião do Alto Paranaíba, sendo elas: Patos de Minas, Carmo do Paranaíba, Rio Paranaíba e São Gotardo. O produto deste projeto é a publicação de um livro com alto teor artístico, utilizando fotos atuais e de acervos que registrem a cultura local e sua história, tornando-se uma referência para as gerações atuais e futuras.
A partir de pesquisas locais, recuperaremos informações sobre a cultura popular e “modus vivendi” das comunidades desses municípios para registrar, divulgar e valorizar a história, os costumes, as lendas, as tradições populares, os patrimônios material e imaterial e monumentos naturais da região, criando assim seu próprio registro memorial.
Pretende-se a partir desse registro, mostrar e conscientizar o maior número de pessoas sobre a importância da preservação dos patrimônios históricos, culturais e naturais da região.
Esta é uma versão digital do livro, clique nas setas > < para navegar entre as páginas :)
Esta publicação segue a mesma linha editorial dos outros três livros já editados anteriormente. O primeiro, “Caminho sobre as Águas”, registrou Formiga, Pimenta, Guapé e Capitólio; o segundo, “Águas da Esperança”, registrou Boa Esperança, Três Pontas e Varginha e o terceiro, “O Sentido das Águas”, registrou Alpinópolis, Delfinópolis, Passos e São João Batista do Glória.
Cada capítulo do livro é dedicado a uma das cidades escolhidas. Neles procuramos abarcar a história do município, com o objetivo de realizar um levantamento histórico sobre a cidade, verificar as ações do homem e da natureza a fim de registrar a cultura, os costumes e as tradições populares da região, além de identificar dos elementos característicos e de maior relevância na identificação das cidades, chamando atenção para a necessidade do respeito e de sua preservação.
Pretende-se através deste livro possibilitar um registro que seja referência para pesquisas sobre a região, sendo distribuído nas várias escolas e bibliotecas das cidades retratadas.
O Alto Paranaíba é uma das regiões pertencentes à Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, tendo iniciado seu processo de colonização em meados do século XVIII, assim como muitas regiões mineiras a procura de riquezas no cerrado. A região possui uma intensa relação com o campo e abastece uma grande parte de Minas Gerais com a sua produção, além de produzir conhecimento significativo, abrigando universidades e centros técnicos renomados.
A cidade de Patos de Minas surgiu na segunda década do século XIX em torno da Lagoa dos Patos, onde segundo as descrições históricas existia uma enorme quantidade de patos silvestres. O povoado, à beira do rio Paranaíba, cresceu, tornou-se arraial e posteriormente vila, a devota vila de Santo Antônio dos Patos. No fim do século 19 Patos é elevada a categoria de cidade, que hoje firma-se como grande produtor de milho, movimento iniciado a partir da década de 30 e exaltado até os dias de hoje na "Festa Nacional do Milho". Patos de Minas possui uma tradição hospitaleira, recebendo, durante várias décadas, brasileiros e estrangeiros que contribuíram de forma pontual para o desenvolvimento da região e deixaram um legado de conhecimento técnico para as novas gerações, além da colaboração na cultura e na formação de novas tradições.
Fonte: http://www.patosdeminas.mg.gov.br/acidade/historia.php
Assim como as cidades vizinhas, Carmo do Paranaíba surgiu por volta do século XVIII e mantém a agricultura como uma das principais atividades do município. O café e a produção de queijos são notórios pelo Brasil. O comércio e as comemorações realizadas na cidade movimentam e dinamizam a região, destacam-se as festas religiosas e aquelas ligadas à agricultura e a pecuária como cavalgadas e feiras, reafirmando a cultura sertaneja.
Fonte: http://www.carmodoparanaiba.mg.gov.br.
O primeiro núcleo da cidade surgiu com a chegada de garimpeiros às margens do rio Abaeté à procura de diamantes em meados do século XVIII. No século seguinte Rio Paranaíba sofreu os processos para sua elevação a arraial e logo depois em 1923, a elevação definitiva a cidade. Hoje, o município figura como importante produtor de café e é conhecido pela intensa resistência negra na comunidade, expressa na bonita Festa do Rosário e nos ternos, reinados, coroados, cortejos e Congo sempre presentes nos festejos.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Paranaíba.
São Gotardo teve em seus primeiros habitantes àqueles saídos de diversas regiões do país em busca de ouro e pedras preciosas. Ao longo do século XVIII foram estabelecidas fazendas e capelas, dando forma a um primitivo arraial, até que em 1925 a Vila de São Gotardo passa a ter foros de cidade. A economia da cidade gira em torno do comércio e da agricultura, tendo como característica principal a diversidade da produção e o emprego de tecnologia de ponta, resultado de pesquisas, assistência técnica e muito trabalho. O município é uma das cidades atendidas pelo PADAP, inovador projeto de assentamento dirigido iniciado na década de 70 e que mantém, até os dias de hoje, grande influência nos modos de produção e na cultura da cidade.
Fonte: Texto de Isadora Parreira.